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sábado, 13 de agosto de 2011

O nó do afeto

Em uma reunião de pais, numa escola da perifieria, a diretora ressaltava o apoio que os pais devem dar aos filhos. Pedia-lhes, também, que se fizessem presentes o máximo de tempo possível.
Ela entendia que, embora a maioria dos pais e mães daquela comunidade trabalhasse fora, deveriam achar um tempinho para se dedicar a entender as crianças.
Mas a diretora ficou muito suspresa quando um pai se levantou a explicou, com seu jeito humilde, que ele não tinha tempo de falar com o filho, nem de vê-lo durante a semana.
Quando ele saía para trabalhar, era muito cedo e o filho ainda estava dormindo. Quando ele voltava do serviço era muito tarde e o garoto não estava mais acordado.
Explicou, ainda, que tinha de trabalhar assim para prover o sustento da família. Mas ele contou, também, que isso o deixava angustiado por não ter tempo para o filho e que tentava se redimir indo beijá-lo todas as noites quando chegava em casa.
E, para que o filho soubesse de sua preença, ele dava um nó na ponta do lençol que o cobria.
Isso acontecia, religiosamente, todas as noites quano ia beijá-lo. Quando o filho acordava e via o nó, sabia, através dele, que o pai tinha estado ali e o havia beijado. O nó era o meio de comunicação entre eles.
A diretora ficou emocionada com aquela história singela e emocionante.
E ficou surpresa quando constatou que o filho desse pai era um dos melhores alunos da escola.
O fato nos faz refletir sobre as muitas maneiras de um pai e uma mãe se fazerem presentes, de se comunicarem com o filho.
Aquele pai encontrou a sua, simples, mas eficiente. e o mais importatne é que o filho percebia, através do nó afetivo, o que o pai estava lhe dizendo.
Por vezes, nos importamos tanto com a forma de dizer as coisas e esquecemos o principal, que é a comunicação através do sentimento. Simples gestos como um beijo a um nó na ponta do lençol, valiam, para aquele filho, muito mais que presentes ou desculpas vazias.
é valido que nos preocupemos com os nossos filhos, mas é iportante que eles saibam, que eles sintam isso. Para que haja a comunicação, é preciso que os filhos "ouçam" a linguaem do nosso coração, pois em matéria de afeto, os sentimentos sempre falam mais alto que as palavras.
É por essa razão que um beijo, revestido do mais puro afeto, cura a dor de cabeça, o arranhão no joelho, o ciúme do bebê que roubou o colo, o medo do escuro. a criança pode não entender o significado de muitas palavras, mas sabe registrar um gesto de amor. Mesmo que esse gesto seja apenas um nó. Um nó cheio de afeto e carinho.
E você.... já deu algum nó no lençol de seu filho, hoje?
Um grande dia dos pais.

sábado, 4 de junho de 2011

Busquemos o equilíbrio

O ser prudente, sábio, que eleva o seu pensamento a Deus, que cria condições de absorção de energias elevadas, este jamais se impacientará e jamais transmitirá palavras desarmônicas ou palavras que possam causar desequilíbrio à sua volta.
Balthazar

sexta-feira, 3 de junho de 2011

GOSTAR DA SALA DE AULA

Um dia uma amigo, muito querido, (Dr. Hermamm) me disse: " Você precisa entrar na sala de aula, aos poucos você vai gostar e vai poder ajudar muito" Agradeço muito a esse amigo que tanto colabora com o meu progresso e a todos os meus amigos de luta que pelo menos me escutam. Aprendi na sala de aula que o mundo tomou outro rumo. Lembrei da tia J, minha professora do´"primário", certa vez ela levou uma dessas folhinhas rodadas no mimeográfo (lembram-se?) que tinha um porquinho para que os alunos pintassem. Eu tinha 8 anos de idade e sentava na fileira dos alunos de bom comportamento e boas notas (Tinha isso na minha época, a professora separava os alunos bons que sentavam de frente para a mesa dela, os alunos regulares nas fileira do meio da sala e os alunos, que hoje rotulamos de insuficientes, nas fileiras laterais ao lado da porta da sala...), do lado de uma colega e vizinha que sabia pintar de verdade. Eu ficava impressionado com a habilidade dela e as vezes eu pedia para ela pintar os meus desenhos. Nesse dia pintei o porquinho de qualquer maneira e fui o primeiro a entregar o desenho a professora. Depois que todos os alunos entregaram ( e eu tive que aguardar em silêncio até o último que foi essa minha colega) tive vontade de pedir outra folhinha para a minha professora, mas eu tinha tanto medo (ou será respeito?) que o tempo passou e a professora começou a expor os trabalho num varal de barbante. Quando chegou a minha vez ela mostrou o trabalho com um entusiasmo tão grande que eu até estranhei, mas minha gloriosa expectativa durou poucos segundos, pois os meus colegas começaram a rir e a professora resolveu olhar para o trabalho quando disse: "Que porcaria é essa?" Amassou o desenho na frente de todos e me fez pintar outro dizendo-me carinhosamente: "Essa porcaria merece estar no lixo e não no varal, faça outro agora." Estremeci ao ouvir porcaria... meus colegas, principalmente os que sentavam próximo da porta, riam pelos cantos da boca num murmurinho avassalador. Nunca tive tanta atenção ao pintar um desenho e naquele dia a minha colega, que sentava ao meu lado, aquela que sabe pintar, ela desenhou rapidamente o porquinho e me dava o lápis correto para pintar demonstrando no desenho dela como eu deveria pintar. Quando entreguei a nova pintura ouvi aliviado: "Agora sim!". Eu sempre gostei tanto da tia J. Acho que foi ela quem me incentivou, no fim das contar a cusar pedagogia. Hoje olhando a turma no lugar em que aquela tia olhava, percebo como algumas coisas nesse mundo mudaram, outras permanecem lá e ganharam nomes. Fica quase que impossível nos dias de hoje, não dividirmos a turma em grupos para que se possa aplicar 2 ou 3 planejamentos diferentes, por causa da herança dos ciclos que foi imposto nos sistema educacional das escolas públicas para que se escamoteasse as reprovações. Agora não se reprova mais todos os anos. Agora só reprovamos no terceiro ano de escolaridade, depois de uma jornada dura para os alunos e professores. Para os alunos, porque a cada ano do ciclo estuda com um professor diferente que precisa, a cada ano, sondar as aprendizagens para iniciar o seu trabalho, além das muitas licenças que existem e que punem os alunos que ficam sem professores, em casa ou na própria escola, e quando ficam na escola cada dia ficam com uma pessoa diferente na sala, que passa qualquer trabalho para garantir as tão mal fadadas 800 horas e ou 200 dias letivos. Para os professores pois somos obrigados a aprovar alunos que não sabem ler e escrever e que continuarão assim, a cada ano sendo excluídos mais e mais, por não termos material adequado e muitas vezes termos que tirar do nosso próprio bolso o giz para escrever no quadro negro, sem contar a falta de cadeiras e a chuva dentro da sala que gera um certo estresse por causa de tantas reclamações de todos. Na minha época nos meses de janeiro e fevereiro ficávamos de férias, em julho ficavamos um mes inteiro de férias e em dezembro estudavamos só na primeira quinzena, se ficasssemos em recuperação, caso contrário no final de novembro já estavamos em casa, de férias, longas férias. Ironia do destino: os alunos eram alfabetizados em um ano letivo, pelos métodos mais tradicionais que pudermos imaginar, quanto aos que ficavam reprovados, eles ainda ficam, só que são PROMOVIDOS, afinal de contas eles produziram, arrancarm muitas folhas de caderno, fizeram muita bagunça, tiveram os seus nomes escritos no livro de ocorrências milhares de vezes, ou seja deram movimento a escola, PRODUZIRAM! E não é assim que funciona? Quem produz , no final vira o aluno do mês, do ano e é promovido. Resolveram, então incluir nas turmas os alunos com necessidades especiais para dizermos que eles não tem necessidades especiais, mas na hora de avaliar temos que fazer diferente pois ele tem necessidades diferentes e ai vc faz o segundo planejamento, isso quando não faz o 3o., o 4o....Hoje no 9o. ano o aluno não sabe ler. E esses mal formados serão aqueles que irão cuidar dos nossos pais, filhos, serão os auxiliares de enfermagem, médicos... que vão fazer um cursinho qualquer nessas escolas mercadinho, triste, né? já pensaram nisso? Uma coisa que não e nova mas que agora tem nome e tem gente que se especializa, graças a Deus é o Bulling. Quem não foi vítima de bulling? Eu era sacaneado todos os dias. Eu era o gordinho saco de pancadas, e sabe ninguém tomou ciência disso. MAs também como eu disse antes, naquela época não reagíamos. Nossos pais nos EDUCAVAM. AH! tinhamos os pais nesse processo. Hoje temos a geração de alunos I-pod, não escutam nada. E os pais? O que tenho percebido no meu cotidiano é que esses ficam anciosos para que dê a hora dos filhos irem para a escola para que eles possam ter algumas horas de alívio. Duro, não? Mas a gente escuta na porta das escolas: "graças a Deus essas férias acabaram..." ou "E esse professor que não chega? a novela da tarde vai começar e eu quero descansar..." Isso mudou, isso é novo. E o que é mais cruel foi o estabelecimento da INDIFERENÇA, não tão novo, mas mais cruél, mais enraizada. Tenho saudades da tia J. Sei que muita coisa melhorou, que o acesso as escolas aumentou (?!?!?!?!), que os alunos frequentam mais a escola (!?!?!?!?!?!), que os professores tem mais formação (!?!?!?!?!?), alguem ai sabe mais alguma coisa que tenha melhorado (!?!?!?!?!?). Hoje quando olho para a minha turma percebo que ela tem me ajudado a me melhorar a avaliar o meu dia a dia. Sabe aquela avaliação que devemos fazer sobre o nosso dia, todos os dias, para sermos melhores? Aprendi a fazer com eles. Eles são ótimos! Inspiradores e não estou sendo sarcástico. Tenho uma vontade temporária, ali, na hora do problema, de abandonar tudo, mas quando saio de lá só lembro daquele meu amigo dizendo que eu vou gostar aos poucos, da sala de aula. E é bom admitir que eu gosto da sala de aula, e que gosto tb dos meus alunos. Só não sei se terei condiçoes físicas e consequentemente emocionais de continuar por muito mais tempo. Espero que eu possa no dia a dia vencer estas dificuldades e renovar a esperança, mesmo sendo a visão geral estarrecedora. Por enquanto é o que temos. Quem sabe o mundo não muda de novo? VAMOS TORCER?



ufaaaa.........



bjs

Chico Oliveira

sábado, 7 de maio de 2011

Feliz Dia das Mães!!!!!

[...] O amor é um sacrifício; Deus hauriu nele a vida para dá-la às almas. Ao mesmo tempo que a efusão vital, elas receberiam o príncípio afetivo destinado a germinar e expandir-se pela provação dos séculos, até que tenham aprendido a dár-se por sua vez, isto é, a dedicar-se, a sacrificar-se pelas outras.
Com este sacrifício, em vez de se amesquinharem, mais se engrandecem, enobrecem e aproximam do foco supremo.[...] Léon Denis
E quem é que aprendeu isto primeiro?
Você Mamãe!!!!!
Que Deus abençõe todas as mães, neste e em
todos os dias de s uas vidas!!!!!
Feliz Dia das Mães!!!!!


domingo, 24 de abril de 2011

FELIZ PÁSCOA!!!!!!!!


Que os bons ensinamentos de JESUS, possam nos convidar a um dia de RENOVAÇÃO de RENASCIMENTO espiritual.
Um excelente dia a todos.
fraternalmente,
Chico, Alê e Guilherme.